Hoje, dia 22 de março é comemorado o Dia Internacional da Água. A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, e passou a ser comemorada em 1993. O propósito deste dia é conscientizar a população da necessidade da água para a saúde de todos e lembrar a importância do uso consciente deste recurso. O tema deste ano é a coleta, tratamento e reutilização de águas residuais (água descartada pela indústria, comércio, residências e agropecuária que tem suas características alteradas após o uso).

Mesmo impróprias para o consumo, as águas residuais são recursos que podem ser utilizados de outras maneiras após o devido tratamento. Além dos benefícios para a saúde humana, estes processos trazem apenas pontos positivos para o meio ambiente. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 20% deste recurso vital tem o devido tratamento, o restante volta para a natureza, levando à poluição. Esta água residual, principalmente urbana, quando combinada com elementos industriais químicos não tratados, pode ser um perigo ainda maior ao meio ambiente. Elas podem ser reutilizadas direta ou indiretamente no dia-a-dia como na irrigação de paisagens, usos industriais para refrigeração de caldeiras, usos urbanos não potáveis como combate ao fogo, construções, descarga de vasos sanitários, controle de poeira, sistemas de ar condicionado, lavagem de ruas, pontos de ônibus e veículos.

Segundo a base de dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) 2,4 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso a instalações sanitárias adequadas. Estima-se que mais de 840 mil mortes ocorridas em países de renda média e média-baixa em 2012 foram causadas por água contaminada, pela falta de instalações para a higiene e por serviços sanitários inadequados. Essa situação contribui para o avanço de algumas doenças tropicais. Cresce também a preocupação com a presença de poluentes como hormônios, antibióticos, esteroides e outros compostos químicos na água residual.

Os custos de tratamento e purificação de águas ainda é mais alto que a captação em reservatórios, mas é algo em que o investimento vale a pena. Graças ao desenvolvimento de novas tecnologias, certos nutrientes, como fósforo e nitrato, podem ser recuperados e reutilizados como fertilizante. A produção de energia pelo biogás é outra alternativa possível. Segundo dados do Ministério das Cidades, metade da população brasileira não conta com coleta de esgoto e mais de 35 milhões de brasileiros ainda não recebem água tratada.
De acordo com o DMAE, no ano de 2016, cerca de 80% da população foi atendida pelo tratamento de esgoto em Porto Alegre. A extensão da rede na cidade é de 1.926 km e o volume destas águas residuais tratadas foi de 66.396.081m3/ano.


FONTES:
http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2017/03/aguas-residuais-sao-foco-do-dia-mundial-da-agua-2017
http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-que-sao-aguas-residuais/
http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/onu-propoe-uso-de-aguas-residuais-para-amenizar-crise-hidrica-21096110.html
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-03/brasil-ocupa-11a-posicao-na-al-em-saneamento-basico-diz-estudo

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