A sociedade está se encaminhando para uma era de conhecimento e de inovações tecnológicas. Novos produtos e maneiras de produzir e se comunicar estão levando às empresas e consumidores modos de produção e consumo que trazem benefícios para o meio ambiente, saúde e para o bolso. Compostos feitos de fontes renováveis, que não prejudicam a natureza durante seu processo de fabricação, que tenham o intuito de resolver algum problema, respeitam outros aspectos essenciais estão ganhando espaço e diversos adeptos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) a população mundial de 7,4 bilhões de pessoas atingirá a marca de 8,5 bilhões até 2030 e 9,7 bilhões em 2050. Este crescimento populacional implica em desafios que propõem mudanças em diversos setores. A demanda por serviços de saúde, agricultura, transporte e educação aumenta, o que promove geração de emprego e espaço para tecnologias inovadoras ganharem destaque.
A Química está ligada a muitas tecnologias e é capaz de explicar o funcionamento de diversas coisas. A tecnologia é a maneira de empregar conhecimento científico para manipular a natureza. É possível desenvolver medicamentos novos, carros mais velozes, armas nucleares, plásticos melhores, etc. Ciência e tecnologia estão ligadas e dependem diretamente uma da outra. A maioria das pessoas tem contato com a ciência apenas através dos avanços tecnológicos e os impactos diretos destes.
Atualmente, os principais desafios do campo da Química vão além dos laboratórios. São questões que envolvem toda a sociedade, como a produção de energia, mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável. Para enfrentar estes desafios é necessário que a sociedade científica una suas ações a outros campos, projetando avanço e resolução de problemas em diversas áreas. No campus de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), pesquisadores estão em desenvolvimento de um plástico 100% biodegradável, que é produzido a partir de resíduos agroindustriais (lixo gerado nas indústrias de cúrcuma, babaçu e urucum). Além de ser feito a partir de fontes renováveis, o novo material é capaz de se degradar na natureza rapidamente. Os plásticos tradicionais disponíveis no mercado levam até 500 anos para degradarem-se no meio ambiente, já o novo plástico, por ser produzido com substâncias biológicas é transformado em água e gás carbônico por fungos e bactérias em no máximo quatro meses.
A Nanotecnologia, por exemplo, é uma Megatendência Tecnológica que está se ampliando em diversas áreas e trazendo produtos com resultados inovadores. Sendo considerada uma das chaves principais para a evolução do século, movimenta em torno de U$50 bilhões no Brasil. É a caracterização e produção de dispositivos em escala atômica ou molecular, que tem o objetivo de criar novos materiais e produtos por meio da manipulação de moléculas e átomos.
No dia-a-dia, utilizamos e observamos compostos feitos a partir desta tecnologia ou que passem por ela em sua produção. Os medicamentos que possuem esta tecnologia têm seus efeitos colaterais reduzidos e sua eficácia aumentada. Os princípios ativos do remédio são manipulados para caber em cavidades minúsculas e, assim, serem transportados para as células. Nos cremes dentais, a nanotecnologia presente é capaz de reconstruir o esmalte dos dentes. Durante a escovação, nanocristais que são adicionados à pasta, juntam-se aos dentes e participam da reposição das pequenas irregularidades do esmalte. Estes cremes dentais costumam ter valores elevados e são importados de países como Japão e Coréia do Sul. Em protetores solares e cosméticos, nanopartículas de dióxido de titânio e óxido de zinco podem ser aplicados. Estas partículas refletem os raios ultravioletas e são transparentes à luz. Na produção de embalagens de alimentos existem diversas aplicações de nanotecnologia. Entre elas, muitas favorecem diretamente a estabilidade dos alimentos armazenados, enquanto outras afetam indiretamente o desempenho dos materiais (aumentam o grau de proteção do alimento em sua embalagem). O uso de nanopartículas em tintas pode torná-las mais brilhantes e leves, com menos solventes, ecologicamente corretas e traz até a possibilidade de serem imunes a arranhões. Nanocristais sintetizados por técnicas sol-gel adicionados a baterias de eletrônicos portáteis tornam a durabilidade e desempenho melhores do que nas baterias convencionais. A capacidade dos atuais computadores deve-se, em grande parte, aos processos de miniaturização dos transistores em chips. Em laboratórios é possível atingir escalas minúsculas com a utilização de nanotubos de carbono no desenvolvimento destes transistores. Na medicina, o uso de nanopartículas vem sendo estudado na luta contra o câncer (aliando a fotodinâmica – aplicação de luz no combate às células cancerígenas à nanotecnologia, fazendo com que as partículas penetrem mais seletiva e especificadamente, usando menores quantidades de remédios) e na descoberta de novos métodos preventivos contra malária (tempo de eficácia e área de atuação maior do produto repelente devido a diminuição da molécula, que quanto menor, em maior quantidade poderá estar). No setor de vestuário, a nanotecnologia pode acrescentar funções devido as nanopartículas (encarregadas das diferentes propriedades) adicionadas às fibras durante a fabricação do tecido. Elas proporcionam o efeito prometido, mas desaparecem depois um número de lavagens.
No Rio Grande do Sul, esta área está se expandindo e atingindo diversos campos (saúde, cosméticos, tecidos, etc.). Roupas que possuem repelente contra mosquito e proteção solar utilizam nanotecnologia em sua produção e estão disponíveis no mercado do estado e do Brasil. A Prolife é uma marca de roupas e acessórios voltados para o público ligado ao esporte. Além das vantagens para a saúde, o tecido da marca é biodegradável e promete secagem rápida. A empresa trabalha em conjunto com uma indústria que fornece o tecido com o repelente já implantado. “O termo repelente de Insetos em nosso caso é o fato de na própria produção do tecido já constar a Permetrina - agente repelente de insetos, inofensivo ao ser humano. Eles tratam de dosar o tecido com a quantidade e composto ativo recomendado”, explica Jordano Freitas, Gerente de Marketing da empresa. Pela parte da Prolife são executados os ensaios, testes e todas as amostras do produto (são analisadas?) em laboratórios na Alemanha a fim de comprovar a sua eficácia. O efeito repelente é garantido em até 40 lavagens. De acordo com a empresa, após esse período os produtos seguem repelindo, mas não é possível exercer a sua garantia. Hoje a empresa gaúcha distribui os seus produtos para todo o país: “já estamos praticando vendas em grande parte do território nacional. O produto está à venda em nossas lojas próprias e também em toda a nossa rede de lojistas pelo Brasil”, conclui.
FONTES:http://www.aridesa.com.br/servicos/click_professor/vasco_vasconcelos/leituras_interessantes/nanotecnologia_no_dia_a_dia1.pdf
http://nanotech.ica.ele.puc-rio.br/nano_curiosidades.asp
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-14282015000700013&script=sci_abstract&tlng=pt
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/nanotecnologia-esta-cada-vez-mais-presente-na-vida-diaria/n1597197613400.html
http://veja.abril.com.br/tecnologia/cientistas-da-usp-desenvolvem-plastico-100-biodegradavel/
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/esta-camiseta-e-imune-a-sujeira/
https://readymag.com/nahomielaurore/73886/
http://novoolhartec.blogspot.com.br/2011/09/influencia-da-quimica-na-tecnologia.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tela_de_plasma
file:///C:/Documents%20and%20Settings/louise/Meus%20documentos/Downloads/fundamentosdeestabilidadedealimentoscap90001.pdf
