A ansiedade é considerada por diversos pesquisadores o mal do século. Causada por problemas de estresse diário, vivências interpessoais anteriores, distúrbios hormonais ou anormalidades químicas no cérebro, este transtorno manifesta-se de diversas maneiras dependendo de cada organismo. Os principais sintomas são insônia, falta de ar, confusão, boca seca, fadiga, dificuldade de engolir, vertigem, tensão muscular, sensação de “nó na garganta” e contrações musculares. De certa maneira, a ansiedade é relacionada ao medo, principalmente o medo de falhar. Sofrer com esse mal pode fazer com que a pessoa perca a sua autoestima e seja incapaz de realizar tarefas antes rotineiras, inviabilizando a sua vida profissional e social. O transtorno também intensifica sentimentos pessoais de cada um. Se o indivíduo está se sentindo triste ou com medo, ele terá estas sensações intensificadas. O mesmo ocorre com o fato de gostar de algo ou alguém, tornando a relação extremamente intensa e, em muitos casos, controladora e possessiva. 

Antes subestimada por parte da sociedade, hoje a ansiedade afeta grande parcela da população mundial. Ganhando espaço a redor do mundo, juntamente com a depressão (considerada a doença psicológica mais incapacitante existente), o transtorno de ansiedade faz parte da vida de cerca de 264 milhões de pessoas em todo o planeta. O Brasil é o líder deste ranking. Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgadas em fevereiro deste ano, em torno de 24% dos brasileiros sofrem com isso. Fatores socioeconômicos como problemas ambientais, desemprego e estilo de vida são os grandes desencadeadores do problema. De acordo com a Previdência Social, hoje os transtornos psicológicos são a terceira causa de afastamentos profissionais no país e os gastos do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) estão em torno de R$200 milhões em benefícios destinados aos afastados. 

O transtorno ansioso não é capaz de resultar em alterações físicas no cérebro, mas a química do órgão sofre consequências como a superprodução de adrenalina e noradrenalina (hormônios responsáveis pela comunicação entre neurônios). Esta produção de hormônios neurotransmissores ocorre geralmente em situações de medo e estresse. Já em pessoas ansiosas, a imaginação faz com que o organismo esteja em estado de alerta e preparado para o perigo, mesmo em situações não ameaçadoras de fato. Crises de ansiedade e estresse frequentes podem, a longo prazo, influenciar na capacidade de memória do cérebro, causando um desequilíbrio emocional crônico. Quanto às reações hepáticas, estes transtornos fazem com que o organismo produza cortisol em excesso (hormônio do estresse), fazendo com que o fígado produza mais glicose, correndo o risco de sofrer com problemas como o diabetes. O organismo responde de maneira negativa também com reações da pele, que aceleram seu envelhecimento e podem provocar inchaço. Além disso, o baço, músculo, coração, pulmões e estômago sofrem com a doença. 

O tratamento para a ansiedade pode se apresentar de diversas maneiras, dentre elas estão os medicamentos, mudança na rotina, reeducação alimentar, meditação, prática de exercícios físicos e psicoterapia. Cada caso tem um tratamento e auxílio específico, o recomendado é sempre procurar auxílio de profissionais da área (psicólogos e psiquiatras dependendo de cada situação). Hoje, diversos estudos apontam para resultados positivos e eficazes por meio da utilização de plantas naturais consideradas medicinais. Alguns exemplos de vegetais com ação medicamentosa são a Valeriana, Gilseng Brasileiro, Passiflora, Camomila e Mulungu. 

Valeriana (Valeriana officinalis): Esta planta é ansiolítica e tem poder sedativo. Também pode aliviar as cólicas menstruais e intestinais, além de aliviar dores de cabeça causada por tensões piscológicas. É uma planta perene, que apresenta flores brancas e rosadas e possui aroma adocicado. Sua raiz é utilizada em forma de chá há muitos anos pela medicina popular em casos de hiperatividade e tensão nervosa. Doses elevadas não são indicadas a longo prazo, pois podem gerar agitação, cefaleia e vertigem. 

Ginseng Brasileiro Pfaffia ): É uma planta nativa de nome popular para-tudo. No Brasil existem 20 espécies que se diferem pela região existente, porém, todas são indicadas na medicina popular. A mais conhecida e estudada é a Pfaffia aniculta , nativa da Amazônia. Seu uso é aconselhado para problemas estomacais, fadiga, estresse, cansaço físico e psíquico, imunidade e problemas circulatórios. Utiliza-se sua raiz na forma de tônicos engarrafados para obter os resultados esperados 

Passiflora/Maracujá ()Passiflora edulis): Esta planta possui uma grande quantidade de flavonoides e suas folhas são usadas como sedativo e calmante, tratando da insônia e nervosismo. Alivia a dor de cabeça causada por estresse e tem poder sobre cólicas menstruais e taquicardia. Além das folhas, suas flores e caule também são utilizados na produção de chás, tinturas e cápsulas. Sua utilização deve ser observada, quando consumida em excesso pode aumentar o efeito sedativo, deixando o consumidor sonolento. 

Camomila ( Matricaria recutita ): Além de suas propriedades calmantes, é indicada para pessoas com problemas estomacais (gastrite nervosa, síndrome do intestino irritável e azia). Também é considerada antialérgica, antiinflamatória e pode ajudar em queimaduras do sol. É uma planta originária da Europa, muito comum em jardins públicos e é uma das ervas mais antigas já utilizada pela humanidade. Os egípcios utilizavam-na no tratamento contra a Malária e hoje seu chá é usado para combater a ansiedade, cólicas, conjuntivite, diarreia e dores musculares. 

Mulungu ( Erythrina mulungu): É uma planta medicinal com diversos nomes populares que ajuda no tratamento da ansiedade e insônia. É muito encontrada na floresta amazônica e seu chá, além de ser um calmante natural para o sistema nervoso, possui efeito que equilibra e fortalece o fígado. Seu efeito calmante é aliado de pessoas que sofrem com abstinência de cigarro ou outras drogas. Também diminui o inchaço nas pernas e dores articulares. Seu uso não é indicado para quem possui pressão baixa pois ele age diminuindo a pressão arterial. 



FONTES: 

http://www.ewealquimias.com.br/index.php/2016/10/24/cinco-plantas-que-tratam-a-ansiedade-e-como-escolher-a-sua/ 

http://pt.wikihow.com/Se-Livrar-Naturalmente-da-Ansiedade-Usando-Ervas 

http://seligasaude.com/plantas-medicinais-para-curar-ansiedade/ 

http://www.vix.com/pt/comportamento/536037/quem-sofre-de-ansiedade-percebe-o-mundo-de-maneira-diferente-diz-estudo 

http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2017/05/02/noticias-saude,205992/mais-de-18-milhoes-de-brasileiros-sofrem-com-transtornos-de-ansiedade.shtml 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade 

http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-maior-taxa-de-transtorno-de-ansiedade-do-mundo-diz-oms,70001677247 

https://www.altoastral.com.br/ansiedade-desequilibrio-quimico-cerebro/ 

http://www.huffpostbrasil.com/2014/05/30/como-a-ansiedade-afeta-o-seu-corpo-infografico_a_21670773/ 

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