Há mais de 360 anos, o dia 13 de setembro é considerado o “Dia da Cachaça”, data criada com o intuito de comemorar a liberação da produção e comercialização no Brasil, no ano de 1661. Aos poucos, a bebida foi se tornando popular e compondo diferentes receitas de drinks e comidas. A cachaça, feita a partir da cana-de-açúcar é marcante, de sabor e aroma fortes e grande personalidade.

De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC), há 40 mil produtores brasileiros e quatro mil marcas no país, sendo que 99% são produtores micro e de pequeno porte. Sozinho, o setor reúne mais de 600 mil empregos diretos e indiretos. A exemplo de vinhos, espumantes e sucos gaúchos, as cachaças produzidas no Rio Grande do Sul têm se destacado dentro e fora do Brasil. Desde a criação do Alambiques Gaúchos, em 2005, vinculado à Associação dos Produtores de Cana de Açúcar e Derivados do RS (Aprodecana), o número de medalhas em diversos concursos mundo afora só aumenta. A região tem tradição na produção de cachaça artesanal, cujos registros históricos remontam ao século 18. E hoje, marcas de altíssima qualidade resgatam a história de cada família produtora, apresentando em sabores e aromas o clima da região, suas paisagens e narrativas.

Na sua composição encontram-se mais de 300 substâncias, sendo 98% água e etanol. Os outros 2% de compostos secundários conferem à bebida suas características organolépticas. As substâncias contidas no mosto, extraídas do colmo da cana, sofrem reações entre si e em decorrência dos processos de fermentação, destilação e envelhecimento.
Para harmonizar a bebida com os alimentos é preciso considerar seu tipo: branca ou envelhecida. A cachaça branca é aquela não passou pelo processo de envelhecimento em madeira, é transparente e harmoniza com peixes suaves, queijos brancos, carnes brancas, tortilhas, mandioca, etc. Já a cachaça envelhecida nos barris de madeira possui tom amarelado e harmoniza bem carne de churrasco, feijoadas, mandioca frita, carnes com temperos fortes, etc.

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