Por que o sal some na água, mas não no óleo?
Data de Publicação: 2 de outubro de 2025

Se existe um componente indispensável na sua cozinha, este é, com certeza, o famoso cloreto de sódio, vulgo: sal de cozinha. Ele se dissolve na água num piscar de olhos, mas tente misturá-lo no óleo… aí a história é outra. A explicação disso está intrinsecamente conectada à maneira como as moléculas interagem umas com as outras.
Quando colocamos o sal na água, os íons de sódio (Na⁺) e cloreto (Cl⁻) se separam, pois a água é uma molécula polar - uma ponta tem carga parcial negativa (o oxigênio) e a outra, parcial positiva (os hidrogênios). Essa diferença de cargas cria um abraço elétrico, que envolve os íons e os mantém separados. Esse “abraço” se chama solvatação, ou hidratação. É o que faz o sal sumir como mágica na água.
Por outro lado, o óleo é apolar. Suas moléculas não têm essas regiões de carga positiva e negativa, então, aquele abraço elétrico não acontece com os íons do sal. Resultado? O sal continua lá, intacto, boiando ou afundando, sem se dissolver.
É a regra que aprendemos na escola: substâncias com características químicas parecidas se atraem e se misturam facilmente, enquanto aquelas muito diferentes se repelem. Em outras palavras, substâncias polares dissolvem polares ou iônicas, e substâncias apolares dissolvem apenas apolares (há poucas exceções).
Graças à solubilidade do sal, o nosso corpo consegue absorver íons vitais, como o sódio, que controla a entrada e saída de água nas células. Na quantidade certa, ele mantém o equilíbrio hídrico, auxilia a digestão, contribui para a produção de energia e ajuda na função renal.
Fonte: Utopia Científica e Superinteressante.