Como as aves respiram em altitudes extremas?
Data de Publicação: 25 de novembro de 2025
Já parou para pensar em como as aves respiram em altitudes tão elevadas?
O mundo está cheio de fenômenos curiosos que desafiam nossa compreensão, e a natureza vive nos surpreendendo com soluções engenhosas. Uma delas está bem acima de nós, literalmente: você já parou para pensar no funcionamento do sistema respiratório dos pássaros e como eles conseguem voar em altitudes onde o oxigênio é escasso? Além da biologia, a resposta envolve química!
Em várias espécies que voam em grandes altitudes, a hemoglobina apresenta alterações estruturais que aumentam sua afinidade pelo O₂,, ajudando a captar o gás mesmo quando sua pressão parcial é baixa. Embora essas características variem entre espécies, esse tipo de modificação é bem documentado em aves de altitude, como o ganso-de-cabeça-listrada. Outra adaptação importante está no sistema respiratório. Diferente dos pulmões dos mamíferos, o fluxo de ar nas aves é essencialmente unidirecional, o que mantém um gradiente constante de oxigênio e favorece a difusão, processo que depende diretamente da diferença de pressões parciais entre o ar inspirado e o sangue.
Essa eficiência respiratória também exige um controle rigoroso do pH sanguíneo. O principal mecanismo envolvido é o sistema tampão CO₂/HCO₃⁻, que atua equilibrando variações de acidez no sangue. Durante o voo, quando a ventilação aumenta e a quantidade de CO₂ tende a cair, reações químicas no sangue e ajustes fisiológicos, incluindo a atuação dos rins, ajudam a estabilizar o pH. Esse equilíbrio é fundamental para o funcionamento adequado da hemoglobina, especialmente em condições de baixa disponibilidade de oxigênio.
Fonte: Superinteressante e Vitória Agora
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