Este ano, o Prêmio Nobel de Química foi entregue para Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov, pela descoberta e síntese dos pontos quânticos.

 

No início da década de 1980, Ekimov, que trabalha atualmente na empresa Nanocrystals Technology, sediada nos Estados Unidos, demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos.

 

Pouco tempo depois, Brus, que é pesquisador da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, foi o primeiro cientista a notar a diferença na absorção de luz em partículas pequenas.

 

Por fim, em 1993, Bawendi, que é pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também nos Estados Unidos, desenvolveu uma nova metodologia de produção dos nanocristais, permitindo que eles fossem obtidos em tamanhos específicos. 

 

Os pontos quânticos são partículas da ordem dos nanômetros (1-10 nm). Eles são substâncias tão pequenas que o seu tamanho altera suas propriedades físicas, especialmente as ópticas. Na imagem desta publicação é possível ver os pontos quânticos em uma solução líquida. Embora sejam feitos da mesma substância, o líquido de cada frasco possui uma cor diferente. Isso acontece pois os elétrons ficam amontoados, e suas propriedades dependem, também, do tamanho das partículas em que estão agrupados. O líquido azulado possui pontos quânticos menores, enquanto o líquido avermelhado possui pontos quânticos maiores.

 

Um de seus principais usos é no setor de Nanotecnologia. Eles estão presentes, por exemplo, nas telas com tecnologia QLED (o Q vem justamente de pontos quânticos) e na obtenção de imagens médicas.

 

Imagem: Jonathan Nackstrand/AFP

 

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