Conhecido como o “rei dos venenos” e  famoso por sua toxicidade, o arsênio já protagonizou histórias sombrias na Idade Média e no Renascimento. Ele é incolor, inodoro e insípido, características que o tornaram um instrumento mortal. O elemento químico, representado pelo símbolo "As" e número atômico 33, ocorre naturalmente na crosta terrestre e é utilizado em dispositivos eletrônicos, pesticidas (agora restritos) e medicamentos do passado.

Em doses elevadas, o arsênio bloqueia enzimas fundamentais, causando desde sintomas parecidos como a intoxicação alimentar, até falência de órgãos e morte. Um exemplo recente aconteceu no Rio Grande do Sul, onde seis pessoas foram envenenadas por farinha contaminada. Em longo prazo, a exposição crônica ao elemento pode levar a cânceres, problemas cardiovasculares e lesões na pele.

Estima-se que mais de 200 milhões de pessoas no mundo enfrentam níveis perigosos de exposição ao arsênio, muitas vezes por água de poços contaminada, especialmente em regiões como o delta do Rio Paraíba do Sul.

A intoxicação por arsênio não tem tratamento específico, mas é tratada com reidratação, limpeza do sistema digestivo e hemodiálise em casos extremos.

Fonte: Superinteressante

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