O uso desenfreado de combustíveis fósseis compromete a qualidade do ar e dos ecossistemas do planeta. Para reduzir esses danos, a busca por energia limpa se tornou prioridade. Nesse cenário, o “hidrogênio verde” surge como uma alternativa promissora que é capaz de gerar energia sem poluir. Cada vez mais, pesquisadores têm se dedicado a este estudo para buscar formas de aprimorar sua produção e viabilizar o seu uso.

O hidrogênio verde é um combustível produzido a partir de fontes renováveis, que é obtido por meio da eletrólise da água (um processo que usa eletricidade para separar as moléculas de hidrogênio (H₂) e oxigênio (O₂)). Quando essa eletricidade vem de fontes limpas, como solar, eólica ou hidrelétrica, o hidrogênio produzido é considerado "verde", pois não gera emissões de carbono.

Um estudo publicado no periódico Nature Communications observou uma nova abordagem para a produção de hidrogênio sem emissões, utilizando um material chamado nitreto de carbono. A técnica se baseia no funcionamento do processo natural que as plantas usam para transformar luz solar em energia. Numa espécie de fotossíntese artificial, o nitreto de carbono atua como um fotocatalisador, ou seja, um material que absorve a luz do sol e a usa para transformar moléculas. No caso desse estudo, ele ajuda a separar a água (H₂O) em oxigênio (O₂) e hidrogênio (H₂) de maneira mais eficiente.

O estudo se concentrou em entender como a luz interage com o nitreto de carbono e as moléculas de água, com o objetivo de otimizar a produção de hidrogênio verde. De acordo com os pesquisadores, entender essa interação é essencial para melhorar a eficiência dessa tecnologia e avançar na produção de energia limpa.

Fonte: Carbon nitride caught in the act of artificial photosynthesis, Nature Communications, 2025.

Topo