Nimesulida: a importância do profissional da química
Data de Publicação: 18 de fevereiro de 2025
Você sabia que a análise química de medicamentos também é atividade do químico?
Conhecida como um dos remédios mais populares do mundo, a nimesulida é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) com ação analgésica, antipirética e tonificante. O medicamento atua inibindo uma enzima chamada ciclooxigenase, responsável pela liberação de prostaglandina, substância que causa inflamação nos tecidos do corpo.
A nimesulida, com a fórmula química 4-nitro-2-fenoxi-metanosulfonanilida, foi desenvolvida pelo Dr. George Moore e sua equipe nos Laboratórios Riker, que mais tarde foram adquiridos pela 3M Co. Sua estrutura, que contém grupos funcionais distintos, é de grande interesse para profissionais da área de química, pois possibilita que o medicamento desempenhe diversas funções terapêuticas. Um exemplo de sua versatilidade é o estudo de reposicionamento do fármaco, publicado em 2019 por Joana D’Arc da Silva Trindade, que investiga o uso da nimesulida no tratamento da doença de Chagas. Em 1980, o medicamento foi licenciado pela Helsinn Healthcare SA, uma companhia de saúde suíça, que continuou a investir em pesquisas sobre a substância. Inicialmente comercializada na Itália, a nimesulida logo se expandiu para mais de 50 países.
O medicamento é indicado para alívio de dor, febre e inflamação, sendo utilizado para tratar quadros leves ou moderados de dor aguda, como dor de cabeça, muscular, de dente, garganta, vias nasais e cólicas menstruais.
A nimesulida está disponível no comércio como comprimido, cápsula, gotas, gel e supositório. Por tratar-se de um medicamento de baixo custo, é amplamente acessível e utilizado no tratamento de condições comuns como febre e dores. No entanto, seu uso deve ser orientado por um médico, pois pode causar efeitos colaterais em alguns pacientes, especialmente quando utilizado em doses elevadas ou por longos períodos. No Brasil, a nimesulida é classificada com tarja vermelha, ou seja, só pode ser vendida sob prescrição médica.
Fontes: Índice Toda a Saúde, G1, Blog do Einstein.
