Fitoquímicos podem ser aliados para a saúde do cérebro
Data de Publicação: 5 de março de 2025

Os fitoquímicos são substâncias bioativas presentes em alimentos de origem vegetal, que, ao serem consumidos, atuam como antioxidantes naturais no organismo. Eles possuem propriedades anti-inflamatórias e ajudam a controlar o colesterol, regular a pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico e equilibrar os hormônios.
Um estudo recente, publicado na revista Current Developments in Nutrition, destacou o potencial desses nutrientes no tratamento de distúrbios neurológicos, graças à sua capacidade de modular o eixo intestino-cérebro (GBA). A pesquisa destaca que os fitoquímicos influenciam a microbiota intestinal, o sistema imunológico e os neurotransmissores, promovendo benefícios à função cerebral e ao bem-estar geral.
Segundo o Dr. Érico Carvalho, um dos principais problemas enfrentados por autistas ou pessoas com TDAH/TOD é a seletividade alimentar, que resulta na diminuição ou até na ausência total de alimentos ricos em fitoquímicos.
Entre os fitoquímicos mais importantes destacados pelo estudo, os polifenóis dietéticos, como curcumina, cumarinas, ácido cinâmico, lignanas e flavonoides, têm mostrado a capacidade de modular a microbiota intestinal e melhorar a permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE). Além disso, os elagitaninos, encontrados em framboesas, nozes e romãs, possuem várias atividades biológicas. A apigenina, uma flavona vegetal ativa, tem sido utilizada para tratar diferentes doenças, promovendo a retenção de memória e melhorando os déficits de aprendizagem. A quercetina, presente na cebola e no alho, também possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, além de atuar na modulação da microbiota intestinal.
Fontes: Current Developments in Nutrition, Dr Érico Carvalho e Vitat.