Pesquisa indica que nanoenzimas de manganês combatem células cancerígenas
Data de Publicação: 30 de junho de 2025

Cientistas desenvolveram um novo tipo de nanoenzima de manganês que imita a ação da enzima peroxidase. A inovação é que essas nanoestruturas funcionam de forma ainda mais eficiente: quando entram em contato com o peróxido de hidrogênio (H₂O₂), abundante em ambientes tumorais, elas aceleram a produção de radicais hidroxila (·OH) altamente reativos, capazes de atacar e destruir células cancerígenas. É como se elas "ativassem" um ataque químico seletivo ao tumor.
O diferencial está na engenharia atômica dessas nanoenzimas. Os cientistas conseguiram posicionar os átomos de manganês em uma configuração de baixa coordenação (Mn-N₂), o que deixa mais espaço para que eles interajam com outras moléculas e aumentem sua atividade catalítica. Para isso, usaram pontos quânticos de carbono, que servem como suporte estável e ainda possuem propriedades únicas, como emissão de fluorescência.
Graças a isso, além de combater o câncer, essas nanoenzimas também funcionam como marcadores fluorescentes, que permitem que os tumores sejam visualizados com mais profundidade e clareza. Em testes com camundongos com câncer de mama, elas conseguiram reduzir significativamente o tamanho dos tumores, sem causar efeitos colaterais aparentes.
Diferente das enzimas naturais, essas nanoenzimas são feitas de materiais inorgânicos (como estruturas baseadas em carbono, óxidos metálicos ou metais de transição), mais estáveis em diferentes condições de pH e temperatura. Isso faz delas candidatas promissoras para terapias, especialmente as que combinam diagnóstico por imagem e tratamento ao mesmo tempo.
Fonte: Low-Coordination Configuration Single-Atom Manganese Nanozymes for NIR-Imaging-Oriented Efficient Catalytic Oncotherapy, Advanced Science, 2025.
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