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Entenda o que causou a morte de quase 250 cavalos em diversos estados brasileiros


Data de Publicação: 15 de julho de 2025






O Brasil acompanha a repercussão de um caso que abalou criadores e profissionais da área animal em vários estados do país: cerca de 245 cavalos morreram após o consumo de rações contaminadas. A investigação, conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, identificou a presença de monocrotalina, um alcaloide pirrolizidínico de alta toxicidade, como a causa principal das mortes.

A substância foi detectada em rações produzidas por uma empresa goiana e a origem da contaminação foi atribuída à presença de resíduos da planta Crotalária, usada como adubo verde, mas que pode conter compostos tóxicos em suas sementes e favas.

Esta planta é cultivada entre safras para melhorar a qualidade do solo, graças à sua capacidade de fixar nitrogênio, o que enriquece a terra para culturas como soja e milho.

Apesar dos benefícios agronômicos, a crotalária apresenta um alto risco toxicológico quando suas favas e sementes atingem a fase de maturação. Nessa etapa, a planta passa a concentrar alcaloides pirrolizidínicos, especialmente a monocrotalina, que são substâncias naturalmente tóxicas para animais e seres humanos.

Ao ser metabolizada no organismo, a monocrotalina provoca danos severos ao fígado, principalmente em equinos. A necrose progressiva que o fígado sofre compromete sua função vital e pode levar à morte em poucas horas após os primeiros sintomas clínicos.

Além disso, esses compostos tóxicos podem se acumular nos músculos e ossos, sendo liberados no organismo durante o esforço físico. Isso torna a monocrotalina ainda mais perigosa para cavalos de competição e animais submetidos a exercícios regulares.

O caso alerta para a importância vital do controle de qualidade na cadeia de produção de rações, que envolve conhecimento técnico, análises laboratoriais precisas e responsabilidade química.

Fontes: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), G1/Fantástico (jul/2025), ANVISA.