Anvisa alerta para risco de polipropileno em doces
Data de Publicação: 13 de novembro de 2025
Após denúncias do criador de conteúdo Dario Centurione, da página Almanaque SOS, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alerta de que materiais como o polipropileno não são comestíveis e devem ser denunciados.
Hoje (13/11) a Agência suspendeu quatro marcas de glitters com plástico, que se diziam comestíveis. Os nomes foram divulgados nos meios de comunicação oficiais da instituição. Essas marcas estão proibidas de fabricar, comercializar e propagar seus glitters.
O polipropileno (PP) é um polímero termoplástico leve, versátil e resistente, comumente usado em embalagens, utensílios de cozinha e móveis. O PP não pode ser utilizado como ingrediente alimentar, tal qual o glitter decorativo, pois não se trata de um aditivo alimentar aprovado pela Anvisa. Quando ingerido, o polipropileno micronizado pode causar irritação no trato digestivo e levar ao acúmulo de microplásticos no organismo, com possíveis riscos à saúde a longo prazo, como processos inflamatórios e alterações hormonais. Além disso, quando aquecido em altas temperaturas, o polipropileno pode amolecer e liberar substâncias tóxicas. Glitters comestíveis devem conter apenas ingredientes alimentares, como corantes e açúcares.
No comunicado, a Anvisa diz que é essencial conferir o rótulo: ele deve conter o nome "corante para fins alimentícios" ou "açúcar para confeitar". Se aparecerem termos como "PP" ou "PET", o produto não é comestível, e sim apenas decorativo.
Caso você encontre produtos alimentícios com ingredientes não autorizados, como o polipropileno, pode fazer uma denúncia à Vigilância Sanitária municipal. Os canais de contato estão disponíveis no portal da Anvisa. Também é possível registrar a queixa diretamente com a agência.
Fonte: GOV, Anvisa, UOL e NeuPlast
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